7 de julho de 2010

Afinal, o que é o Dia-Fora-do-Tempo?

A necessidade do homem em organizar sua vida em relação ao tempo fez com que fossem criados os calendários. A partir da observação do movimento regular do sol e da lua, foi possível aos povos antigos determinar as épocas para o plantio e a colheita, as chuvas, a seca, e assim determinar as possibilidades das atividades do homem.

O povo Maya criou mais de 20 calendários para medir e organizar o tempo, harmonizando os ciclos da natureza, do universo e do homem. Para eles, o que deve ser observado no tempo não é a sua medição e sim as suas qualidades. Cada dia tem um tipo de energia que se relacionava com a vida, com os homens.

Para os Mayas, o tempo é uma repetição constante de ciclos, com saltos de evolução no final de cada ciclo. O tempo é evolução.

O Calendário Lunar divide o tempo em 13 luas, portanto o ano tem 13 meses de 28 dias = 364, e mais um dia adicional que corresponde ao dia 365, chamado de DIA-FORA-DO -TEMPO.
Observa-se na pirâmide de Kukulkán em Chichen, Itzá exatamente em sua arquitetura, esse “salto evolutivo”: 4 escadas de 91 degraus cada uma = 364. Acrescentando a plataforma da pirâmide que une todos os 4 lados com as escadas, se faz um total de 365: 364+ o DIA-FORA-DO -TEMPO = 365, o dia da evolução.

Os Mayas determinaram como início do ano solar um evento cósmico que é a ascensão da estrela Sirius em alinhamento com o Sol. Esse evento ocorre no dia 26 de Julho (no calendário gregoriano) de cada ano. Então, o ano de 13 luas ou 13 meses começa exatamente nessa data, dia 26 de Julho de cada ano e termina do dia 24 de Julho.

O dia 25 de Julho, portanto, não pertence nem a um e nem ao outro ano, é um dia livre, em que se concentra toda a energia para o ano que vai começar.

Nesse dia, os Mayas se preparavam para um novo ciclo. Era um dia para dar menos importância aos assuntos cotidianos, e especialmente bom para meditar, perdoar, para cancelar dívidas, elevar o estado de consciência, para ser bondoso, estar em contato com a natureza, sentir-se livre e dedicar-se às artes.

Desde 1992 esse dia tem sido comemorado como o festival da paz através da cultura. É um dia de limpeza, reflexão e preparação para receber, no dia seguinte a energia do novo ano. Um dia para nos unirmos em pensamento e desejo, assumindo o ano que se aproxima.

(Texto: Aparecida Liberato/Ilustração: Clara Domingas)

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